Venho recebendo muitos pedidos de pessoas, querendo saber as verdadeiras notícias daqui de Israel.
Como está a vida aqui com os ataques dos árabes muçulmanos contra israelenses, enfim, com o consentimento da Karen Rosental, estou postando o texto que ela escreveu para explicar a seus amigos do facebook que também querem saber o que se passa aqui.
Sargento Omri Levy foi morto em uma estação central - 18.10.2015 por terrorista árabe muçulmano em Be'er Sheva |
Texto por Karen Rosental - sobre a intifada das facas
data do texto - 15/10/2015
Nas últimas semanas, os israelenses tem sofrido com ataques terroristas diariamente. Esfaqueamentos, tiros, atropelamentos e tentativas até agora frustadas de ataques com homens-bomba (no caso, mulher-bomba). Até agora 7 israelenses morreram e 93 ficaram feridos, vários gravemente, e entre eles mulheres, idosos e crianças.
Quanto aos motivos, todos sempre buscam uma explicação que se acomode a fantasia de que no fundo todos os seres humanos são bons, querem as mesmas coisas para seus filhos e que temos que respeitar as divergências culturais, ao preço que for.
John Kerry disse que os atentados terroristas dos últimos dias são reflexo da frustração dos árabes por conta do crescimento dos assentamentos. Esqueceu-se convenientemente de que a taxa de crescimento dos assentamentos neste ano foi a menor dos últimos 20 anos. Fonte? Ha’aretz, o tradicional jornal da esquerda israelense.
Abbas e os oficiais da Autoridade Palestina espalharam com sucesso entre os árabes a idéia explosiva de que a mesquita de Al-Aqsa corre perigo. Esqueceu-se convenientemente de que Biniamin Netanyahu repetiu diversas vezes que Israel não tem nenhum interesse em mudar o status-quo. Lembrando que status-quo significa que o acesso ao pátio externo do Monte do Templo é permitido a judeus em quantidades limitadas e em horários específicos, mas que pronunciar palavras que façam parte da liturgia judaica e até mesmo usar um brinco em formato de menorá sao expressamente proibidos, ocasionando a prisão do “infrator” (!!!). Eu, pessoalmente, gostaria muito que o status-quo fosse mudado e rezo para isso, mas nem o Bibi e nem a maioria dos israelenses pensam assim, então Abbas, arranja outra mentira.
A mídia internacional argumentou que o que leva a violência é a frustração dos árabes com a paralisia do processo de paz. Esqueceu-se convenientemente de que há poucas semanas, Abbas disse para todos ouvirem, na Assembléia Geral da ONU, que os palestinos não mais respeitariam os Acordos de Oslo.
Há também aquele velho argumento de que são as precárias condições de vida que levam os árabes a cometerem atos de violência contra judeus. Esquece-se convenientemente de que muitos terroristas não se encaixam absolutamente neste perfil. Um exemplos é o de Mohannad Hallabi, de 19 anos, que era estudante de direito em uma universidade em Jerusalém e morava numa bela casa de 2 andares perto de Ramallah. Isso não o impediu de atacar a facas e tiros uma família de judeus, matando o pai, ferindo a mãe e o bebê de 2 anos, e em seguida matando outro judeu que veio socorrer os feridos. Outro caso é o Ala Abu Jamal, funcionário há 8 anos da Bezeq, a maior companhia telefônica de Israel e, segundo sua gerente, uma pessoa aparentemente normal. Abu Jamal usou o carro da empresa para atropelar israelenses num ponto de ônibus e em seguida deixou o veículo para atacar a facadas suas vítimas. Matou um homem de 60 anos e feriu outras 3 pessoas.
O que resta é aceitar a idéia de que o que move esses terroristas é o puro ódio a nós. Eles querem nos exterminar, ponto final. Isso é um fato, aceito por todas as correntes políticas em Israel.
Hoje ouvi no rádio uma entrevista com líderes políticos de esquerda a respeito da situação. Ambos reconhecem o fato de que os árabes querem nos exterminar, o que gera divergências é o que fazer com essa informação. Zahava Gal-On, líder do partido Meretz (extrema esquerda) disse que acredita que se eles tiverem seu próprio país e alguma prosperidade econômica, podem deixar de nos odiar, esquecer de nós. Isaac Herzog, líder do Avodá (esquerda) e da oposição em geral acha que a criação de um estado palestino poderia trazer um fim ao terrorismo porque simplesmente separaria fisicamente e politicamente as 2 populações, cuja convivência é impossível.
Quanto ao que se pode fazer para conter o terrorismo, acredito que impedir que malucos peguem uma faca e saiam esfaqueando pessoas no meio da rua é muito difícil. Já há uma presença ostensiva da polícia nas ruas, mas evitar esse tipo de ataque é quase impossível. O que deve ser feito é tentar desmotivar os possíveis atacantes. Mas não se enganem, eles sabem muito bem que correm um risco altíssimo de serem mortos pela polícia, são praticamente suicidas. Para combater um inimigo, temos que pensar com a cabeça dele e conseguir entender o que ele próprio enxerga como perda, derrota. Nossos inimigos não tem nenhum medo da morte, principalmente se acharem que serão mártires. Claro que a morte é difícil, mas para eles, faz parte da “luta” e não é considerada derrota. Eles também não tem medo de serem presos. Também sabem que a renda trazida por eles não fará falta as suas famílias, pois a Autoridade Palestina (sim, Abbas, ele mesmo) paga mensalmente grandes quantias de dinheiro as famílias de terroristas.
Então o que esses caras temem? Para eles, derrota é sinônimo de perda territorial. Segundo o conceito de “Dar al-Islam”, todo território que um dia já foi dominado pelo Islã pertence eternamente ao Islã e qualquer povo não-muçulmano que esteja no poder nesse território deve morrer. O mundo é dividido em “Dar al-Islam” e “Dar al-Harb”, que é a parte de mundo que ainda não está sob domínio islâmico, mas que no futuro estará. Portanto, a perda territorial é uma derrota significativa para o mundo islâmico.
A idéia de construir ou ampliar assentamentos em resposta a cada ataque terrorista é conhecida, mas o governo alega que é muito difícil colocá-la em prática por conta das pressões internacionais.
Ontem, o Gabinete de Segurança do governo israelense se reuniu em caráter de urgência para decidir que medidas tomar. Entre elas:
- autorização para que a polícia feche ou cerque áreas que são focos de conflito e incitação (moradores só poderão sair mediante revista)
- perda de status de residência permanente daqueles envolvidos com terrorismo (o que significa perda dos benfíco sociais e de saúde, entre outros),
- confisco das propriedades daqueles envolvidos com terrorismo
- além da demolição das casas de terroristas, nenhuma nova construção poderá ser feita no local.
De maneira sutil, essa última medida significa uma perda de território...
Por último, tenho visto dezenas e dezenas de amigos postando notícias sobre os atentados no facebook e se perguntando por que o mundo se cala. Caros, o mundo se cala porque o mundo sempre se cala. Se calou no Holocausto, se calou nas guerras de Israel, se calou nas Intifadas e se calou em milhares de outros casos de crueldade que desde sempre acontecem nesse planeta. O ISIS se esforça para chamar a atenção do mundo, aumentando cada vez mais os requintes de crueldade dos crimes que comete, mas o que revolta a todos mesmo é a morte do leão Cecil no Zimbabwe... O mundo se cala e vai continuar se calando enquanto seus interesses não forem ameaçados. Ouvi há uns meses uma entrevista de um militar americano de alta patente explicando que o EUA não estavam se envolvendo no combate ao ISIS porque não enxergavam até aquele momento uma ameaça aos interesses americanos. Simples e honesto.
E além da questão do antissemitismo presente no subconsciente de grande parte dos habitantes deste planeta, há a questão dos péssimos jornalistas. Vendo-se obrigados a publicar informações e notícias em tempo real, os grupos de comunicação baixaram dramaticamente a qualidade do serviço que prestam. Jornalistas passaram a publicar notícias sem checar fontes e circunstâncias, o que gerou casos patéticos como o de um jornal francês que publicou hoje que um dos terroristas de ontem era da cidade de Bezeq (!!!), ao lado de Jerusalém, quando na verdade Bezeq é a empresa onde o desgraçado trabalhava... Não existe nenhuma cidade chamada Bezeq, obviamente.
Portanto, não adianta ficar postando links de notícias, podem reparar que 90% dos likes e comments que receberão serão de outros judeus. Se estão realmente insatisfeitos, organizem manifestações de apoio a Israel em suas cidades, como fizeram os nova-iorquinos ontem. Protestem em frente a sede da Globo, da Folha, do Estadão. Organizem conversas ao vivo com amigos não-judeus e expliquem os fatos cara-a-cara. Estejam preparados para as perguntas deles. E se quiserem postar, escrevam posts de próprio punho, a chance de chamar a atenção é muito maior.
E acima de tudo, entendam que se o mundo se cala (e vai continuar se calando), Israel vai fazer aquilo que precisa ser feito para defender sua existência e a vida dos seus cidadãos. E que D’s nos proteja.
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